A equipe esteve nas instalações do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra do Rio de Janeiro (MAAS), dando prosseguimento à primeira etapa do Inventário dos Bens Culturais da ARQ-RIO, através do patrocínio do Instituto Cultural Vale. O objetivo é a catalogação das peças que pertenciam originalmente às Igrejas que fazem parte da primeira etapa do inventário. O museu, que está localizado no subsolo da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, abriga atualmente mais de 6.000 peças, especialmente dos séculos XVII e XVIII, e abrange obras desde o período colonial até os dias de hoje, contendo um acervo imprescindível para a preservação da memória fluminense e do Brasil.

Estão sob a guarda do MAAS cinco séculos de obras artísticas e objetos diversos, preservando a história da Igreja em nosso país. Seu acervo personifica a constituição do diversificado patrimônio cultural brasileiro através das influências das ordens religiosas, congregações e irmandades atuantes desde o período colonial até os nossos dias. O levantamento das obras sacras e demais objetos para a elaboração do inventário assegura a legalidade da posse e propriedade de determinados bens culturais, e é recomendada em diversas convenções internacionais; assim, o inventário se transforma em uma ferramenta que auxilia no combate ao tráfico de artes sacras. E foi justamente para salvaguardar o acervo artístico, histórico e religioso da Arquidiocese que o MAAS foi criado, quando na década de 1950 o então Padre Ivo Calliari iniciou a coleta das peças, a pedido do Arcebispo Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, com a ideia de instalar um museu na futura Catedral.

Em 1976, o Arcebispo Cardeal Dom Eugênio Sales presidiu a solenidade de bênção inaugural da Catedral de São Sebastião, criando o MAAS na mesma data, em cerimônia realizada na sacristia da nova Catedral e com exposição de algumas peças do acervo. O Museu foi instalado no subsolo da Catedral de São Sebastião em 15 de agosto de 1979, sendo o Monsenhor Ivo Calliari nomeado seu diretor; era fechado ao público e contava apenas como funcionária a professora e museóloga Helena Pavão. Ao comemorar 25 anos de existência, em 2001, foi realizada solene cerimônia de benção das novas instalações do MAAS, que passaram a ser abertas ao público.